A terapia pode ser um recurso fundamental para quem se sente angustiado e abandonado, especialmente em casos relacionados ao transtorno de personalidade borderline (limítrofe), caracterizado por instabilidade emocional e medo intenso de abandono. Pessoas que sofreram negligência ou abandono na infância, ou vivenciaram eventos traumáticos, frequentemente carregam a “síndrome do abandono”, que intensifica a angústia e o medo de separações, reais ou imaginárias.
Na terapia, essas pessoas têm a oportunidade de explorar suas feridas emocionais e compreender como experiências passadas influenciam suas relações e comportamentos atuais. O processo terapêutico ajuda a desenvolver estratégias saudáveis para lidar com a angústia e os sentimentos de abandono, promovendo a reestruturação cognitiva e emocional. Através de abordagens como a terapia dialética comportamental (DBT), comumente utilizada no tratamento do transtorno borderline, é possível aprender a regular emoções e desenvolver resiliência emocional.
Além disso, a prática do autocuidado é incentivada, ajudando o indivíduo a priorizar atividades que proporcionam prazer e bem-estar, fortalecendo sua saúde física e mental. Ao reservar tempo para si mesmo, a pessoa começa a construir uma relação mais saudável consigo, libertando-se dos padrões destrutivos de pensamento e comportamento, e, assim, caminhando para uma vida mais equilibrada e satisfatória.
